Desde o primeiro ano de atividades, em 2017, foram capacitados mais de 5 mil alunos em diversos programas, mais que o dobro da meta inicial
André Luiz Marques, coordenador executivo do CGPP
Em 2016, uma equipe de professores do Insper começou a visitar centros de pesquisas de referência internacional em políticas públicas. Depois de passar por instituições como a Universidade Nacional de Singapura, Oxford (Inglaterra), Colúmbia e Harvard (Estados Unidos), os professores traduziram o que viram em um plano de negócios para os anos de 2017 a 2022.
Agora, no início do segundo semestre letivo deste ano, o Centro de Gestão e Políticas Públicas (CGPP) celebra cinco anos de existência. Comemora as metas alcançadas, incluindo o fato de ter formado mais de 5 mil pessoas, quando o objetivo inicial não passava de 2 mil.
“Depois de entender o que as boas escolas faziam mundo afora, demos início às atividades do CGPP. O Insper já desenvolvia pesquisas na área de políticas públicas, mas o Centro tinha como missão melhorar a sociedade brasileira, por meio da formação de pessoas e da geração de conhecimento em gestão e políticas públicas. Com isso, a parte de cursos passava também a ter um papel central. E o fortalecimento da relação entre formação e pesquisa seria fundamental para ampliar a contribuição, não só para nossos alunos, mas também para a sociedade como um todo”, diz André Luiz Marques, coordenador executivo do CGPP.
Projeto da Universidade de Gotemburgo criou um indicador para verificar não apenas a existência como também a qualidade da democracia em 180 países
Embora haja algum consenso em relação ao valor da democracia para a vida das pessoas nos mais diferentes cantos do mundo, é sempre controverso definir quão democrático determinado país realmente é, se as eleições são mesmo livres e justas e se direitos universais estão de fato garantidos.
Diante disso, o projeto Varieties of Democracy, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, se debruçou sobre mais de 450 indicadores para criar índices de avaliação das democracias do mundo a partir de uma série de pontos de vista: o eleitoral, o das liberdades civis, o participativo, o deliberativo e o igualitário.
Programa conecta estudantes com inovação e design thinking para ajudar na busca de soluções para problemas sociais reais
Alunos e professores no Jardim Colombo
No mês de julho, aconteceu a segunda edição do projeto que recebe alunos do ensino médio no Insper para uma experiência de imersão em inovação social. Neste ano, o desafio era pensar em soluções para tornar possível a alimentação saudável dos moradores no Jardim Colombo, complexo com cerca de 20 mil habitantes em Paraisópolis, em São Paulo.
“A ideia era colocar os alunos em contato com o território para conversarem com pessoas da comunidade, vivenciarem um pouco como é, quais são os hábitos alimentares da comunidade e quais as principais fontes de renda”, diz Juliana Mitkiewicz, professora do Insper e uma das idealizadoras do projeto, ao lado de Ester Carro, também professora no Insper e líder comunitária no Jardim Colombo.
Transferir a decisão de compra a famílias traria mais impacto no acesso a alimentos, segundo estudo
Desinfecção de casa no Rio de Janeiro contra a covid-19, em 2020
Doações coordenadas por organizações civis em comunidades pobres do Rio de Janeiro mitigaram os efeitos da pandemia da covid-19. O impacto na saúde teria sido maior provavelmente com mais oferta de itens de higiene e limpeza. Se o foco da iniciativa fosse elevar a disponibilidade de alimentos nas casas, a opção por doações de vouchers, por meio dos quais as famílias arbitram o que comprar com o recurso, teria maior impacto.
As conclusões constam de simulações realizadas por Adriana Leiras, Luiza Alves Cunha e Bianca B. P. Antunes, da PUC-RJ, Paula Santos Ceryno, da UFRJ, e Vinícius Picanço Rodrigues, do Insper, associando dados epidemiológicos, informações de itens doados e pesquisas sobre o comportamento das pessoas e de organizações do terceiro setor em 143 favelas da capital fluminense entre o final de maio e meados de junho de 2020.
O curso online Ciências Comportamentais, Nudges e Políticas Públicas, com 19 horas, apresenta as principais teorias que dão base à abordagem das ciências comportamentais e discute casos de aplicação de nudges (“empurrão”) no Brasil, na Europa e na África.
O curso presencial Planejamento e Acompanhamento de Orçamento Público, com 16 horas, discute as escolhas orçamentárias do governo, esclarecendo a linguagem, os instrumentos e as técnicas utilizadas para que os alunos sejam capazes de monitorar os aspectos orçamentários de seu interesse.
Com 24 horas, o curso online Acelerando a Transformação Digital no Setor Público discute a gestão da mudança, o papel das lideranças, as compras públicas de serviços e materiais com inovação e como usar os dados para tomar melhores decisões.
Webinar com Milton Seligman, Carlos Melo e Fernando Schüler debateu a democracia brasileira à luz dos recentes incidentes envolvendo apoiadores de diferentes partidos