O Brasil tem a oportunidade de avançar no mercado de insumos biológicos e tornar sua agricultura mais independente. Mas esse é um negócio ainda embrionário, que exige cautela
Uma planta e os nutrientes necessários ao seu crescimento
A possibilidade da falta de fertilizantes em função da crise energética em 2021 e do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia despertou a urgência de reduzir a dependência externa do Brasil. O país é o 4º consumidor mundial de fertilizantes, mas o maior importador, trazendo de fora 80% de suas necessidades desse insumo.
É nesse cenário que ganha relevância o debate sobre o uso de bioinsumos, assim chamados quaisquer produtos, processos ou tecnologias de origem biológica — animal, vegetal ou microbiana — para uso na produção, no armazenamento ou no beneficiamento em sistemas agrícolas, pecuários, florestais e aquáticos.
O Brasil, por sua biodiversidade, tem potencial enorme para avançar nessa área e tornar a sua agricultura mais independente — algo, porém, que só se realizará se houver segurança no processo. Esse é um negócio cujas fronteiras ainda são desconhecidas e, por isso, deve ser tratado com muito cuidado.
O coordenador da Esalq-Log, Thiago Guilherme Péra, comenta os principais desafios logísticos para o agronegócio brasileiro
Thiago Guilherme Péra, coordenador da Esalq-Log
Quinto maior país do planeta, o Brasil representa um desafio logístico há séculos. Especialmente para os setores da economia que atuam distantes do litoral — e dos portos —, as distâncias representam um desafio ainda maior. E sobretudo quando o transporte rodoviário, sabidamente ineficiente para distâncias longas e cargas mais pesadas, concentrou as atenções e os investimentos no país nas últimas décadas. O caminho para lidar com essa situação passa pela diversificação de fontes, incluindo a melhoria das rodovias.
Em entrevista, Thiago Guilherme Péra, coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log), traça um panorama do setor logístico no país, do ponto de vista do agronegócio. E aponta caminhos para reduzir os gargalos.
Pesquisa ouviu mais de 2 mil agricultores brasileiros em cinco tipos de cultivos
Os agricultores brasileiros estão entre os que mais adotam práticas digitais e de sustentabilidade, segundo uma pesquisa anual da consultoria McKinsey. Em sua terceira edição, o estudo “Como pensa o agricultor brasileiro”, realizado em parceria de divulgação com o Insper, reuniu dados de mais de 2 mil produtores em cinco tipos de cultivos no país.
O próximo episódio do McKinsey Talks (conversas ao vivo com especialistas sobre os temas mais relevantes para a agenda de negócios) abordará os insights dessa pesquisa, os desafios e oportunidades para o setor. Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey em São Paulo e responsável pelo estudo, conversará com Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, no dia 19 de agosto, às 8h30.
Para assistir ao bate-papo, clique aqui e acesse a página de inscrições.
Com 40 horas, o curso presencial Direito do Agronegócio apresenta os mais importantes sistemas agroindustriais e seu regime jurídico no Brasil e analisa os principais riscos jurídicos e econômicos relacionados às operações nesse setor.
A nova turma do curso online Gestão e Governança no Agronegócio está com inscrições abertas. Com 30 horas, é voltado a gestores, dirigentes, empresários e produtores que buscam maior compreensão sobre conceitos e ferramentas para a gestão de negócios agrícolas.
Com 30h aulas online e 2h de trabalhos em grupo, o curso O Brasil no Agronegócio Global apresentará uma visão ampla dos principais desafios que envolvem o agronegócio brasileiro neste novo contexto global.
18 e 19 de agosto | 8h30 Para marcar os 5 anos do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper e ampliar os debates de qualidade no país, nossos pesquisadores estarão reunidos para contribuir com propostas e reflexões sobre os desafios de gestão dos eleitos nas próximas eleições. Este evento apartidário contará com a presença de grandes nomes das áreas de Educação, Segurança Pública, Agronegócio e Sustentabilidade, Desigualdade Social, Infraestrutura, Saúde e Tributário.
A alta da inflação no mundo, combinada com uma desaceleração econômica em 2023, pode reverberar no agro brasileiro, causando quedas dos preços das principais commodities do setor
O país pode ser um grande ofertante de soluções baseadas na natureza a partir de boas práticas de manejo agropecuário, mas precisa tropicalizar protocolos de mensuração, reporte e verificação
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