Conferência no Insper contou com a presença de David Card, Prêmio Nobel de Economia em 2021, e de Penny Goldberg, ex-economista-chefe do Banco Mundial
Painel com David Card (segundo a partir da direita)
A informalidade é um dos aspectos mais importantes do mercado de trabalho, em especial nos países em desenvolvimento — e em todas as nações da América Latina. Essa prática tem consequências dramáticas sobre a capacidade de crescimento das economias locais e sobre a qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que tende a agravar desigualdades sociais.
Mas a informalidade, do ponto de vista dos empreendedores e dos profissionais, não é de todo prejudicial. Algumas de suas características, como a capacidade de adaptação a mudanças nos cenários macro e microeconômico, ajudam a entender por que as organizações à margem do mercado se mostram resilientes.
Foi nesse contexto que o Insper realizou em São Paulo, no último dia 20 de setembro, a conferência “Informality and Wage Setting Policies in Latin America”. O evento contou com a presença de um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 2021, David Card, e de Penny Goldberg, ex-economista-chefe do Banco Mundial.
Aisha Yousafzai, professora da Universidade Harvard, defende o combate à desigualdade de gênero nessas políticas públicas e maior envolvimento do cuidador masculino
Os professores Naercio Menezes Filho e Aisha Yousafzai durante o seminário
A pandemia da covid-19 aumentou os desafios, que já eram enormes, para o desenvolvimento da primeira infância. “Antes da pandemia, havia 250 milhões de crianças nos países pobres e emergentes que não atingiam, nos primeiros cinco anos de vida, todo seu potencial de desenvolvimento. Quase 11 milhões de crianças, nos primeiros 11 meses de pandemia, foram adicionadas a esse número”, disse Aisha Yousafzai, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, no 1º Seminário Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância, promovido pelo Centro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância (CPAPI) no dia 13 de setembro. Violência e depressão foram potencializadas pelos efeitos da crise de saúde causada pelo novo coronavírus, o que piorou o ambiente doméstico de muitas famílias.
Mas, para Yousafzai, há razões para otimismo. Isso porque, na última década, houve um aumento de políticas públicas voltadas para as crianças. Em 2007, apenas sete países tinham políticas multissetoriais para a primeira infância. Sete anos depois, já eram 68. “O desenvolvimento da primeira infância não é responsabilidade de um único setor. É necessário esforço conjunto do governo e da sociedade civil para que haja avanço social, saúde e educação, aspectos essenciais para a primeira infância.”
Os estudantes do programa de pós-graduação buscaram mapear demandas e propor soluções para a capital alagoana nas áreas de assistência social, educação e gestão fiscal
Participantes da visita de campo
Depois de dois meses de preparação, alunos do Master em Gestão Pública do Insper seguiram para uma visita de cinco dias a Maceió, capital de Alagoas. Com 31 mil habitantes, o bairro de Vergel do Lago apresenta indicadores baixos em educação, expectativa de vida e renda per capita. Mais de um terço dos moradores vive da pesca e da coleta de crustáceos da Lagoa Mundaú. Foi essa região que o grupo de alunos do Insper resolveu conhecer e analisar.
“No início da preparação para o campo, conversamos com o então secretário de assistência social, que apresentou uma lista de possíveis problemas prioritários de sua pasta em que poderíamos atuar. E o grupo decidiu por estudar a situação de Vergel do Lago”, diz Ricardo Wadhy, ex-funcionário do Insper, de 2015 a 2019, e aluno do curso desde 2021. A proposta era aplicar os conhecimentos adquiridos no curso de pós-graduação na forma de consultoria a um órgão público para melhorar a qualidade de vida da população.
O economista Eduardo Faingold fez carreira nos Estados Unidos e é professor associado e pesquisador do Insper desde 2018
O professor Eduardo Faingold
Passaram-se alguns minutos até que o economista Eduardo Faingold verificasse a autenticidade do e-mail que recebera no dia 16 de setembro. O professor do Insper acabava de ser informado de que havia sido eleito fellow da Econometric Society, uma das mais importantes sociedades científicas em Economia. “Foi totalmente inesperado, não estava no meu radar essa escolha”, diz Faingold. “Não é algo que se espera, porque não é um processo ao qual se submete uma candidatura. É uma honra ter sido eleito.”
O seminário realizado pelo Laboratório Arq.Futuro de Cidades com especialistas e tomadores de decisão tratou da produção formal de habitação na capital
Parte da Zona Leste de São Paulo vista do alto
O Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper reuniu especialistas e tomadores de decisão para discutir elementos relacionados à revisão do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo (PDE). O seminário, realizado no dia 2 de setembro, apoiou-se em um caderno de notas técnicas que analisa dados sobre a produção formal de habitação, colhidos na prefeitura e, posteriormente, tratados e reunidos em uma base de dados. Assim, foi possível um debate fundamentado em estudos e evidências da evolução das transformações ocorridas na capital de 2013 até 2021.
Segundo Adriano Borges Costa, professor do Insper e coordenador da pesquisa, o plano diretor paulistano tem diversas peculiaridades. “Existe um processo tortuoso de revisão, cheio de disputas, para o qual o Insper traz uma colaboração baseada em evidências, dados e avaliação”, diz Costa. “Por meio dessas avaliações, tentamos construir uma ponte de diálogo que permita uma revisão mais qualificada.”
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O objetivo do Encontro com a Coordenação é auxiliar candidatos no processo de análise e decisão pela instituição de ensino e pelo programa que melhor atendam às suas expectativas. Neste encontro, o tema será o curso de Mestrado Profissional em Políticas Públicas.